A Apple concordou em pagar US$ 95 milhões (cerca de R$ 600 milhões) para encerrar uma ação coletiva que diz que a gigante de tecnologia usou a Siri, sua assistente ativada por voz, para violar a privacidade dos usuários, ouvindo-os sem seu consentimento.
O acordo foi protocolado na terça-feira (31) em um tribunal da Califórnia, nos Estados Unidos. Ele põe fim a um processo de cinco anos que alega que a empresa ativou por mais de uma década a Siri secretamente para gravar conversas por meio de dispositivos da Apple.
Segundo o processo, as gravações eram realizadas mesmo quando as pessoas não tentavam ativar a assistente virtual. Essas conversas, de acordo com a ação, eram compartilhadas com terceiros, como anunciantes, que tentavam vender seus produtos a consumidores com maior probabilidade de se interessar por eles, conforme reportou a agência Associated Press.
A Apple nega ter cometido irregularidades. Com o acordo, a empresa evita o risco de enfrentar um processo que poderia resultar em um pagamento ainda maior, como explicou a rede britânica BBC.
A gigante de tecnologia enfatizou diversas vezes que dá importância à privacidade. Tim Cook, CEO da Apple, acusou outras empresas de “ colocar os lucros acima da privacidade não é novidade” em uma declaração de 2018, conforme relembrou o jornal britânico The Guardian.