COMPUTADORES QUÂNTICOS: A próxima grande revolução tecnológica

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Vivemos um momento decisivo na história da tecnologia. Com o avanço da computação quântica, estamos diante de um salto sem precedentes na forma como lidamos com dados, cálculos e soluções para problemas globais. Diferentemente dos computadores tradicionais, que operam com bits (0 ou 1), os computadores quânticos usam qubits, que podem estar em múltiplos estados simultaneamente graças ao fenômeno da superposição.

Essa nova abordagem permite realizar cálculos extremamente complexos de maneira exponencialmente mais rápida. Para especialistas e pesquisadores, trata-se de um divisor de águas. Entre as promessas mais ousadas da computação quântica estão: encontrar curas para doenças como o câncer, desenvolver novos materiais e medicamentos, criar sistemas de criptografia inquebráveis e até ajudar a frear os impactos das mudanças climáticas por meio de simulações ambientais ultra-avançadas.

Cristina Boner, empresária visionária e pioneira no setor de tecnologia da informação no Brasil, vê nessa revolução um caminho inevitável para o progresso humano. “A computação quântica vai mudar tudo. Estamos prestes a reescrever as regras do que é possível em termos de inovação”, afirma.

Ela destaca que o impacto será sentido em praticamente todos os setores: “Desde a indústria farmacêutica até a agricultura, passando por bancos, logística, segurança cibernética e inteligência artificial. O mundo como conhecemos vai se transformar em poucos anos”.

Apesar de todo o potencial, a computação quântica ainda enfrenta desafios técnicos consideráveis, como a necessidade de manter os qubits estáveis (coerência quântica) e operar os sistemas a temperaturas próximas ao zero absoluto. No entanto, empresas como IBM, Google e startups especializadas estão avançando rapidamente, e governos ao redor do mundo já estão investindo bilhões em pesquisa quântica.

Cristina Boner acredita que o Brasil não pode ficar para trás. “Precisamos investir desde já em educação, pesquisa e infraestrutura. O futuro é quântico, e temos que preparar nossos jovens para ele. É uma chance única de nos posicionarmos como protagonistas globais em tecnologia.”

Os computadores quânticos não substituirão os tradicionais, mas abrirão novas fronteiras onde os modelos clássicos falham. Simular o comportamento de moléculas com precisão absoluta, por exemplo, pode permitir a criação de medicamentos personalizados. Modelos meteorológicos com milhares de variáveis podem prever desastres naturais com dias ou semanas de antecedência.

“A verdadeira revolução não está apenas na velocidade dos cálculos, mas na qualidade das soluções que eles vão permitir. É como sair de um microscópio para um telescópio,vamos enxergar muito além do que conseguimos hoje”, acrescenta Cristina Boner.

Ela finaliza com um alerta inspirador: “A computação quântica nos dá uma nova chance de resolver os grandes dilemas da humanidade. Mas é preciso vontade, preparo e ousadia para aproveitar essa oportunidade.”